Rússia e Trump pressionam Europa a ser mais independente, diz Macron

O presidente da França,Bet,RPG.BET, Emmanuel Macron, disse nesta segunda-feira (3) que a invasão da Ucrânia pela Rússia e as políticas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,Jogos de cassino online, estão pressionando a Europa a assumir mais responsabilidade por sua própria segurança física e econômica.

Macron fez os comentários ao chegar a uma reunião de líderes da União Europeia em Bruxelas para discutir as relações com os Estados Unidos e reforçar as defesas militares da Europa.

O início da cúpula foi ofuscado pela declaração de Trump, no fim de semana, de que em breve imporá tarifas sobre as importações da UE, tendo acabado de ordenar medidas semelhantes sobre produtos do Canadá, México e China.

Os líderes que chegaram advertiram Trump contra o início de uma guerra comercial e disseram que a UE retaliará se ele o fizesse.

Macron disse que as políticas de Trump foram um dos vários fatores que levaram a UE a se tornar menos dependente de outros.

"A epidemia de Covid e a agressão russa na Ucrânia foram momentos de despertar", disse Macron aos repórteres.

"O que está acontecendo neste exato momento na Ucrânia, o que está acontecendo também agora com as escolhas, as declarações do novo governo americano do presidente Trump levam os europeus a serem mais unidos, mais ativos para responder sobre assuntos de sua segurança coletiva", disse ele.

Isso significa impulsionar o setor de defesa da Europa e comprar mais armas europeias, disse Macron.

Seus comentários refletiram sua visão da "autonomia estratégica" europeia. Mas alguns outros líderes enfatizaram que queriam continuar com uma forte parceria de segurança com os EUA e outros membros da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e continuar comprando armas norte-americanas.

"Defenderei a não imposição de restrições à compra de armas. A segurança é nossa prioridade máxima. As relações com os EUA, Canadá e Noruega em termos de defesa devem permanecer em primeiro plano", disse o primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk.

Defesa "preguiçosa"

O novo primeiro-ministro da Bélgica, Bart De Wever, disse que a Europa tem sido "um pouco preguiçosa com relação ao tema da defesa", mas que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "nos acordou".

"Precisamos manter o relacionamento com os Estados Unidos", disse ele. "Reforçar a defesa europeia... na parceria da aliança transatlântica é o caminho a seguir."

António Costa, presidente do Conselho Europeu de líderes da UE, classificou o encontro de um dia como um "retiro" dedicado à política de defesa, em vez de uma cúpula formal, visando a uma discussão aberta sem qualquer declaração ou decisão oficial.

O secretário-geral da Otan, Mark Rutte, e o primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também estão na lista de convidados.

Espera-se que os 27 líderes nacionais da UE discutam quais capacidades militares são necessárias, como elas podem ser financiadas e como podem cooperar mais por meio de projetos conjuntos.

A discussão sobre o financiamento será especialmente difícil, de acordo com diplomatas, já que muitos países europeus têm pouco espaço em suas finanças públicas para grandes aumentos de gastos.

Alguns países, como os países bálticos e a França, defendem empréstimos conjuntos da UE para gastar em defesa. Mas a Alemanha e a Holanda se opõem.

Os países europeus aumentaram os gastos com defesa nos últimos anos, principalmente após a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, que levou a guerra para as fronteiras da UE. Mas os líderes de ambos os lados do Atlântico dizem que a Europa precisa gastar ainda mais.

Trump disse que os membros europeus da Otan deveriam gastar 5% do PIB em defesa — um número que nenhum membro da aliança, incluindo os Estados Unidos, atinge atualmente.

No ano passado, os países da UE gastaram uma média de 1,9% do PIB em defesa ou cerca de 326 bilhões de euros — um aumento de 30% em relação a 2021, de acordo com estimativas da UE.

(Reportagem adicional de Bart H. Meijer, Charlotte Van Campenhout, Geert De Clercq e Sudip Kar-Gupta)

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